domingo, 29 de janeiro de 2012

Que país é este?

Acho que sempre estive iludida de que no Brasil não há preconceito. Mas diante do fato ocorrido em um restaurante de São Paulo no dia 2 de janeiro deste ano, fiquei indignada. Para quem não viu a notícia, um casal de espanhois com o filhinho adotivo, em visita ao Brasil, foram a um restaurante no bairro Paraíso com um parente. Enquanto se serviam no buffet, o menino esperava na mesa, e a  mãe sempre de olho nele, mas, de repente, a criança tinha desaparecido.
Desesperados, os pais começam a procurá-lo e perguntar a outros clientes, e foram informados de que a criança tinha sido retirada por um funcionário da casa. Os pais correram para a porta do restaurante e o encontraram encolhidinho e chorando num canto. Na verdade, foi o gerente que o retirou pelo fato de o menino, catalão, ser negro.
Que país é este? Nossa população é formada por três raças, sendo uma delas a raça negra. E é com muito orgulho que digo isso, pois minha bisavó, mãe de meu avô paterno era negra, de uma dignidade e de uma doçura de fazer inveja qualquer a “branquinho metido à besta” (me desculpe o vocabulário, mas não há expressão melhor que essa, no momento, para expressar minha indignação). Me orgulho pelo fato de o Brasil ser essa “arca de Noé” em termos de raça e cultura.  É justamente isso que faz nossa cultura ser tão rica.
Mas, infelizmente, ainda há muita gente que não “caiu na real” e acha que é mais que os outros só pela cor da pele. Que absurdo! Isso me deixa indignada. O valor do ser humano não situa na cor da pele ou na sua conta bancária, mas sim na dignidade, no altruísmo, no respeito e no amor ao próximo. Ainda insisto em acreditar que Jesus não tenha sido crucificado em vão.
Colunista: Professora Nilzinha


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