terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ACIMS - Arrecadação com impostos bate recorde e fica perto de R$ 1 trilhão

De acordo com dados da Receita Federal, governo arrecadou R$ 969 bilhões em 2011, o maior valor da história.
Mais uma vez, a arrecadação do governo federal com impostos bateu recorde. Dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Receita Federal mostraram que o volume de arrecadação cresceu 10,10% e chegou a R$ 969,907 bilhões, R$ 143,388 bilhões acima do valor de 2010 (R$ 897,988 bilhões), que até aqui era o maior da história.
A arrecadação de 2011 ficou abaixo da projeção feita pelo Fisco para 2011, que esperava um crescimento no intervalo entre 11,00% e 11,50%. Em relação a dezembro do ano passado, a arrecadação somou R$ 96,632 bilhões, o que significa uma queda real de 2,69% na comparação com o mesmo mês de 2010, mas uma alta de 21,76% na comparação com novembro. 
A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) – dois tributos que incidem sobre o lucro das empresas – apresentou, em 2011, uma alta real de 12,82%, chegando a R$ 187 bilhões. Segundo a Receita, esse crescimento ocorreu em função da maior lucratividade das empresas, verificada no último trimestre de 2010 e no primeiro semestre de 2011. Além disso, a mineradora Vale deu uma gorda contribuição ao pagar R$ 5,8 bilhões de CSLL em razão do encerramento de um questionamento na esfera judicial.
Já a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) apresentou um desempenho mais modesto. Uma alta real de 6,18%. Esse imposto é considerado um termômetro da atividade econômica e teve um desempenho mais tímido em relação a outros tributos cobrados pela Receita Federal. A arrecadação do PIS-PASEP apresentou uma queda de 2,93% e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tributo que o governo fez mudanças de alíquota ao longo ano, apresentou crescimento de 12,14%.  
A divulgação dos números se dá em um momento no qual cresce a cobrança para que o Brasil, um país onde a carga de impostos é muito elevada, consiga transformar essa verba em serviços reais para uma população que, em grande medida, sofre com serviços precários em setores como saúde e educação. Na segunda-feira, o Jornal Nacional divulgou os resultados de uma pesquisa que compara o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos 30 países com cargas tributárias mais altas. O Brasil ficou em último lugar. O Ministério da Fazenda rebateu os dados afirmando que a prova de que os impostos são devolvidos para a população é a redução no número de pessoas abaixo da linha da pobreza no país, que segundo a pasta caiu de 26% para 12% entre 2002 e 2010.

0 comentários:

Postar um comentário