quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Câmara aprova somente R$300 mil da suplementação de R$1,5 milhão pedida pelo prefeito


Monte Santo: Depois do suspense criado na última semana de agosto, quando os vereadores de oposição ao prefeito Militão Paulino de Paiva exigiam documentos que comprovassem a necessidade da suplementação de verba no valor de R$1,5 milhão, foi votada uma emenda no valor R$300 mil para complementar a folha de pagamento dos funcionários da Prefeitura, que receberam seus salários no dia 1º de setembro e não no último dia do mês como vem ocorrendo mensalmente.
Desentendimentos
A população monte-santense vem assistindo a contragosto, nos últimos tempos, uma verdadeira situação de “guerra política” envolvendo os dois poderes: Executivo e Legislativo. Na Câmara, os oposicionistas disparam suas “metralhadoras” tendo como alvo o prefeito Militão, qualificando-o com os piores dos adjetivos e, o que é pior, até palavras de baixo calão foram usadas, algo que jamais fora mencionado no Legislativo anteriormente. Ofensas das mais diversas, um “tiroteio” de palavras que colocam o prefeito monte-santense no limbo dos despreparados para administrar o município. Os vereadores “batem na tecla” de que a aprovação da suplementação de verba “equivale a um cheque em branco” para o prefeito. E que os vereadores tem suas responsabilidades constitucionais e que fiscalizar os atos do Executivo está dentre essas responsabilidades. A bancada de oposição mantém o discurso da falta de documentação e da falta de especificar de quais dotações seriam transferidos os recursos solicitados. Mas, “derrapam” na argumentação e se tornam repetitivos. Claro que pelo ponto de vista legal o Executivo precisa dar amparo para os seus pleitos, mas claro também que nesta mesma legislatura foram usados “dois pesos e duas medidas”, quando os interesses políticos se alinhavam. O que não pode é extrapolar no palavreado, há de se pensar na população. Pena que este palavreado, meio que incomum nas lides dos parlamentares monte-santenses e que jamais fez parte da Tribuna Livre do Legislativo, se repete dois dias após a sessão da Câmara através das emissoras de Rádio do município.    
Por sua vez, o prefeito Militão, através das mesmas emissoras de Rádio, embora com palavras ponderadas, mas que não deixam de “alfinetar” os vereadores oposicionistas, tem feito colocações contundentes no sentido de tentar mostrar para a população, a eficaz perseguição política que a sua administração vem sofrendo pela maioria de oposição na Câmara. Em sua fala na última sexta-feira, 9, pela Rádio Independência FM, o prefeito falou sobre “transparência”, “planejamento” e “suplementação de verba”. Ao mesmo tempo em que se defendeu Militão demonstrou algumas “mazelas” do Legislativo, inclusive sobre o “tratamento diferenciado” que esses vereadores, que hoje são da oposição, destinavam aos ex-prefeitos Cacau e Sandra Cecílio. Ao falar sobre transparência, Militão destacou que encaminha, mensalmente, para a Câmara as cópias de todas as despesas da Prefeitura. Mas, perguntou: “Vocês sabiam que durante os exercícios de 2001 a 2009 nenhuma cópia das despesas foi enviada pelo prefeito Cacau e pela prefeita Sandra?” Perguntou, ainda: “Vocês sabiam que também solicitei cópia das despesas da Câmara Municipal e até agora não recebi resposta? Agora eu pergunto: aonde se tem transparência?” E a fala do prefeito seguiu esta linha até o final, ora se defendendo e ora atacando. 


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