No mês de agosto, os lavradores começam a tombar a terra, preparando-a para plantio de sementes que se transformarão em frutos profícuos e fecundos de vida. Há, neste mês, outros lavradores unsque plantam trigo e outros, joio políticos. Ora, se a terra é o povo como se justifica tal contradição, desafeto e paradoxo? Já que não houve consenso político para lançar apenas um candidato a prefeito, é mister desenvolver uma campanha com calma, serenidade, apresentando os seus planos de governo com propostas viáveis e que correspondam às necessidades e expectativas do cidadão, dispensa, pois aquela disputa como, se fossem gladiadores numa arena do Império Romano.
Mas as farpas que forem atiradas recairão sobre o povo que esperava flores de paz, de educação e um contrato de compromissos. Comício é exposição, é praticamente um diálogo entre candidato e eleitor para mostrar ao povo as reflexões sobre os objetivos e interesses comuns dos cidadãos.
Se um candidato achincalhar, proceder como um energúmeno para forçar, difamar o seu concorrente para que suas ideias prevaleçam e passe por cima do outro como um roldão, isto não é comício, nem diálogo, mas tentativa de dominação como o feudalismo da Idade Média.
O objetivo do diálogo com o cidadão não é lançar aquela gana feroz de tentar convencê-lo e nem obrigá-lo a qualquer custo a ver ou valorizar o voto ou o mundo como ele o vê, mas, pelo contrário, o diálogo em comício é a oportunidade para que oposições apareçam, as divergências fiquem claras e as pessoas encontrem confiança naquele que respeita a individualidade do outro e acima de tudo do eleitor que vai a comício ouvir do proponente a metodologia que melhor adequa às aspirações e necessidades dos munícipes. Há os bons ouvidos que seguem as verdadeiras intenções e coerência de um candidato quanto à viabilidade de execução e há os “tanto faz” perdido na existência que não formulam objetivos, são, pois, amorfos que sem consciência do dever cidadão cooperam para colocar joio no poder prejudicando a boa qualidade do trigo. Assim há candidatos que apresentam lindas ideias com roupa de cordeiro impregnada de oportunismo mercantil e do apropriar-se do dinheiro que é objeto da construção da nação e bem- estar tendo o engodo, a indução e a artimanha como meio para colocar suas mercadorias verborrágicas, não se importando com as profundas sujeiras lançadas ao patrimônio público. São pessoas que já não mais conseguem carregar seu lixo, seu fedor e precisam repassá-los especialmente àqueles que tem pouca visão e sem horizontes.
Eleitor, não fique para trás como uma estátua de sal. Seja um bom agricultor que sabe selecionar sementes boas e não deixar que o joio tome conta do seu sonho alto para ser livre e não se deixar prender por inescrupulosos, espertalhões que acham que aproveitar a vida é lançar sua maldita rede em águas pobres de peixes vivos que lutam para sobreviver.
Esse poluidor seja de resíduo industrial, fármaco- químico e ideológico o faz porque só enxerga o lado material do seu restrito universo, é, pois, um analfabeto funcional que, quando chega até os outros é para espalhar a sua desordem interior, seu complexo de inferioridade e sua pequena estatura empedernida de consciência da ordem universal.
A vida é como uma impressora de um computador, que, para copiar nova mensagem deve mudar de papel e dar novo clique e porque a vida é dinâmica muita mensagem precisa ser deletada para dar lugar à adequação de valores.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
POLÍTICA não é FURDÚNCIO
Professor Adhemar
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