quinta-feira, 3 de maio de 2012

Monte Santo: Vereadores de oposição votam contra suplementação de verba para construção de creche infantil

Votaram contra os projetos (creche e aluguel da Big Bag Bonsucesso) os vereadores Diomar Mariotti Filho, José Francisco Leandro, Sebastião Pereira, Flávio da Silva Santos e Osvaldo de Paula

Bancada da situação: Da esquerda para a direita os vereadores Tonho do Édio, Bernardão, Paulo Márcio e Isabel quando visitaram o prédio onde está instalada a Big Bag      



Monte Santo: Quando os motivos políticos ultrapassam a raia da razão e do bom senso preocupa e quem acaba pagando a conta é sempre a população. Mais uma atitude sem fundamento e, com certeza, por motivos iminentemente políticos, levaram os vereadores da bancada de oposição na Câmara a votarem contra o Projeto de Lei 016/2012 (suplementação de verba de R$355 mil), do prefeito Militão Paulino de Paiva, para construção de unidade escolar infantil (creche), na Rua Madre Gertrudes em frente à Praça da Aparecida. Este Projeto de Lei foi rejeitado por 5 votos a 4, na sessão ordinária do dia 16 de abril. Os votos contra da oposição foram de Diomar Mariotti Filho, José Francisco Leandro (Chico do Mercado), Sebastião Pereira (Tião do Bar), Osvaldo de Paula (Vardo), e Flávio da Silva Santos (Flavinho). Os votos a favor da situação foram de Paulo Márcio Secundo dos Santos, Maria Isabel Viana dos Santos, Ronaldo Bernardo (Bernardão) e Antonio Nunes Machado (Tonho do Édio). E de nada adiantaram a argumentação dos vereadores da situação em defesa e da importância da obra, principalmente pelo vereador Paulo Márcio Secundo dos Santos, que é professor, e sabe muito bem o grande prejuízo que será causado para as mães e as crianças sem esta unidade de educação infantil.  
“Foi com grande surpresa”, lamentou o prefeito Militão ao receber a notícia da rejeição do Projeto de Lei. “Causa espanto as atitudes dos vereadores da oposição, mas agora eles se superaram. Ao rejeitar este Projeto de Lei eles não estão me prejudicando, estão prejudicando a população. É inconcebível nos tempos atuais votar contra a construção de uma unidade escolar infantil, eles estão na contra mão da Educação e do suporte às mães que precisam trabalhar para melhorar a renda familiar, pois atualmente a maioria das mulheres mães trabalha e, para tal, precisam deixar seus filhos em uma creche infantil. Todos sabem que temos uma carência de vagas nas creches em funcionamento, esta iria suprir, pelo menos, uma boa parte desta carência, mas, e agora, como fica o convênio já assinado com o Ministério da Educação, e com a verba já depositada na conta corrente da Prefeitura. Será que vamos ter que cancelar o convênio e devolver o dinheiro já depositado?”, perguntou o prefeito e arrematando disse que “se não tivermos uma solução, o cancelamento do convênio e a devolução será por demais desastroso para Monte Santo. Ficaremos, com certeza, com uma ficha negativa no governo federal, que será prejudicial para futuros convênios. Então, veja só, que situação embaraçosa estes vereadores da oposição estão colocando a nossa querida cidade. Será que por conta da política vale a pena sacrificar a população e a cidade? Eles não tem discernimento e nem noção do tamanho do prejuízo para Monte Santo, ou não estão nem aí com a população. Creio que para eles basta atender aos anseios de seu chefe político, que pela quantidade de ações judiciais impetradas pela Prefeitura e pelo Ministério Público já demonstra o caráter deste chefe político. Mas, este preocupante abuso de autoridade e de ilegalidades de nada significam para os vereadores de oposição, pois, com estas atitudes, demonstram que o importante é atender o comando desta figura nefasta, que administrou o município sob a égide do autoritarismo, da prepotência, da arrogância, da ilegalidade e, o que é pior, de forma totalmente antidemocrática. Quem paga com esta atitude destes vereadores é a população, principalmente as mães que precisam colocar seus filhos numa creche para poderem trabalhar e ajudar no sustento da família”, asseverou Militão.

Perseguição política
Os vereadores de oposição argumentam que se trata de perseguição política, uma vez que o terreno onde deveria ser construída a creche pertencia ao ex-prefeito Cacau e que fora desapropriado pela Prefeitura. Também apontam como motivo da rejeição a existência de outra creche (Pingo de Gente) nas proximidades, mas, talvez, tenham se esquecido que quando o ex-prefeito Cacau e a ex-prefeita Sandra Cecílio firmaram convênio para a construção da Escola de Educação Infantil “Crescendo e Aprendendo”, que já está em funcionamento, que esta unidade educacional infantil se localiza há apenas uns 100 metros da Creche Dona Benedita Santana, que funciona há mais de duas décadas. Então, esta argumentação não procede e deixa bem claro que o motivo para a rejeição da suplementação de verba é político. Na atual conjuntura privar o município de mais uma unidade de educação infantil é inaceitável, pois enquanto os governos dos Estados e o Federal lutam por mais Educação, os vereadores de oposição de Monte Santo atravessam o ritmo e fazem coro ao “samba do criolo doido” onde os versos e as rimas não se entendem.
Convênio
Por se tratar de uma obra do PAC – Programa do Aceleramento do Crescimento -, o prefeito Militão Paulino de Paiva assinou um Termo de Compromisso que obriga a Prefeitura a cumprir com as obrigações previstas no documento. Assim, a Prefeitura terá que encontrar uma solução para o imbróglio criado pelos vereadores de oposição. O valor do recurso comprometido com o FNDE/MEC – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -, do Ministério da Educação, de R$1.204.145,52 não será suficiente para a construção desta unidade de educação infantil, que está orçada em R$1.567.752,80, motivo da solicitação da suplementação de verba no valor de R$355 mil e que foi rejeitada pelos vereadores de oposição. 
Conforme a nossa “Folha” apurou, a primeira parcela no valor de R$240.829,10, que representa 20% do Termo de Compromisso, foi depositada na conta da Prefeitura em 25 de julho de 2011. A segunda parcela, 30%, será depositada no início das obras e o restante, 50%, na conclusão do prédio. Informações dão conta de que a obra somente poderá ter seu início agora, porque a emissão de posse só foi emitida no mês de março deste ano.
Aluguel da Big Bag
Bonsucesso
Para se instalar em Monte Santo o prefeito Militão Paulino de Paiva acertou com a diretoria da Big Bag Bonsucesso a reforma e o pagamento do aluguel do prédio, onde a empresa está em pleno funcionamento. Prática normal utilizada pelas pequenas cidades, para atrair empresas para se instalarem nessas cidades e, com isso, gerar empregos para os trabalhadores. A Big Bag neste quase um ano que vem atuando em Monte Santo está gerando por volta de 100 empregos e, conforme a nossa Folha apurou, este número deverá chegar a 150 ainda neste ano de 2012. Mas, se o prefeito Militão com sua equipe não encontrar uma alternativa, a empresa poderá até deixar Monte Santo. Isto porque, numa das últimas sessões ordinárias do legislativo os vereadores da bancada da oposição não aprovaram o Projeto de Lei de suplementação de verba para fazer face ao pagamento do aluguel do prédio, onde a indústria está instalada. Com isso, o prefeito Militão e todos os secretários e diretores da área financeira e jurídica da Prefeitura, procuram uma saída para poder cumprir com o compromisso acordado com os dirigentes da Big Bag, sem ferir a legalidade administrativa. “Quando afirmo que esses vereadores da bancada de oposição não estão nem aí com a população monte-santense, não estou exagerando não. Agem, acima de tudo, de forma ardilosa e politiqueira, sempre com intuito de prejudicar a nossa gente, sobretudo as nossas crianças, mães e agora os trabalhadores monte-santenses. Depois eles acham ruim quando eu falo deste jeito, mas o que pensar desses vereadores? A maioria de seus atos e ações visam prejudicar a nossa administração, mas eu tenho dito que não é a mim que estão prejudicando, mas sim a nossa população. Depois de votar contra a construção de uma creche, votaram também contra o pagamento do aluguel da Big Bag, deixando a nossa administração em má situação com a diretoria da empresa. Isso é ou não uma maneira de tentar prejudicar a nossa administração e, consequentemente, a população? Veja que eles estão colocando em perigo quase 100 empregos, que nós conseguimos depois de muitas reuniões com os dirigentes da Big Bag. Eles não gostam e não querem gerar emprego para o trabalhador monte-santense, pois ficaram na Prefeitura por quase 10 anos e não geraram nenhum emprego. Estamos envidando todos os esforços no sentido de acertar a situação com a Big Bag, para tranquilizar os funcionários da empresa”, finalizou Militão. 

0 comentários:

Postar um comentário