segunda-feira, 25 de julho de 2011

Observando... A invisibilidade - Cida Heluany

Se fossemos invisíveis e começássemos a caminhar por ai e nossos olhos observando todos os acontecimentos, se pudéssemos entrar nas rodinhas de fofocas sem sermos vistos, dentro dos bancos, dos restaurantes, lanchonetes, estabelecimentos comerciais e nos postássemos a escutar e olhar o que será que veríamos e escutaríamos? Vamos dar asas à imaginação? *Em primeiro lugar parar no cruzamento da rua do ponto, perto do semáforo para ver quem estava furando o sinal. *Nos bancos, saber quem tem muito ou pouco dinheiro e observar as transações bancárias. *Nas lojas observaríamos o gosto de cada um para roupas e sapatos e veríamos os “bregas” e os de bom gosto. *Nas lanchonetes e restaurantes conheceríamos o paladar de todos e a qualidade da comida servida. *Nas ruas conversaríamos com os chicletes abandonados e saberíamos as cargas de mordidas de cada um. *Nas escolas quais alunos prestavam atenção nas aulas e quais colariam em dias de provas. *Nos postos de gasolina perceberíamos as mudanças de preços dos combustíveis e rezaríamos para o governo federal ter um pouco mais de compaixão do cidadão e ir mais devagar, assim como com os impostos. (Desculpe “tia Dilma”, mas está intolerável). *No campo de futebol, ah! Ah! Daí faria uma sacanagem e levaria a bola do Corinthians direto para o gol. *E nas igrejas? Observaríamos os fiéis de coração e os repetitivos e neste lugar voltaríamos a ficar visíveis. Por quê? – Nada escapa à sensibilidade e a visão do Senhor! E neste momento poderíamos recitar aquela oração: “Senhor eu não sou digno de entrar em Sua Casa, por isso me fiz invisível da minha figura, dos meus sentimentos ruins para desejar de todo coração que o Senhor nos observe”.

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