quarta-feira, 11 de abril de 2012

Povo sem tradição!


Não temos cinema! Não temos teatro! Não temos tradição! Mas tínhamos! Portanto, merecidamente é chamada “terra do tinha”.
Quando o “nosso” cinema foi vendido, a Prefeitura teria que ter adquirido aquele prédio. Era o único espaço que tínhamos para um show, para uma peça teatral ou para um festival! E ninguém, nenhuma autoridade fez nada para comprá-lo e torná-lo um espaço público.
Que lamentável! Nossos prédios públicos estão no fim! Não existe manutenção. Alguns deles ainda teimam a se manter em pé, como a Estação Ferroviária. Mas será por pouco tempo porque o desprezo por ela é grande. A sua praça está cheia de mato. Sua pintura “lembra” um amarelo. E o telhado, até quando aguentará? 
A Associação Comercial não existe mais, embora tenha resistido enquanto pôde, mesmo velhinha e sem manutenção, ela teve uma vida longa, mas também acabou não resistindo a tanto desprezo.
O “Clube Velho” parece estar resistindo, mas não sei quais são suas condições e se é um espaço público.
A Praça de Esportes, embora tenha sido transformada em maravilhoso projeto de educandário, deixou de ser uma área pública de lazer.
O Minas Clube, um belíssimo projeto arquitetônico, principalmente para a época em que foi construído, já recebeu tantas orquestras famosas e que abrilhantaram tantos bailes chiques nas décadas de 60 e 70. O vestido usado em um baile jamais seria repetido! Para cada baile, um vestido novo! E as orquestras maravilhosas, como: Românticos de Cuba, Cassino de Sevilha, Tabajara... 
A grande vilã dessa história foi a Televisão, que chegou encantando. Embora fosse em branco e preto, mas estava ali, na sala, no conforto de sua casa. Não era preciso se arrumar, trocar de roupa para se divertir. Bastava clicar o botão, mexer várias vezes na antena para pegar o melhor sinal e, de pijama, enrolado no cobertor, o mundo se deslumbrava ali na telinha. E a telinha venceu a telona! Que pena! 


Professora Nilzinha


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