terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Terra Mater

Quando Deus disse: “dominai a terra”, deixou claro que ser senhor significa ser mais velho, responsável, bom administrador respeitável para que seja respeitado. Deus não mandou destruir a terra que foi feita como um vaso de flores, mas o homem está fazendo dela um pinico, quem sabe tantos gostam do conteúdo do receptor de dejetos.

Assim é como começa uma civilização. Os povos invadem uma região de “natureza” ainda virgem plasmando-a conforme sua vontade. Josué falou às tribos de José, Efraim, Manassés: “As montanhas são vossas, caminhai para cima onde está a floresta e cortai-a.”... Assim se inicia em todo o mundo a “cultura” e como primeira vítima, caí a mata. Depois, as águas que estão cheias de vida, são “reguladas” e então, em vez de “água viva” corre pelos canais uma filtração morta. Nessa terra “conquistada”, mas perdida pela natureza, os arados produzem extensas feridas e nessas o homem de campo lança o veneno da semente. É veneno porque a semente impede que no solo brote uma flora natural.
O solo tem que produzir não para a natureza, mas para o lavrador, que cuida atentamente para que nenhuma planta natural cresça aí e sim somente trigo cultivado, e que nenhum animal viva em sua plantação e nenhum inseto indesejável se crie entre as folhas.
“É minha a terra”! – Exclama o homem. Afim de que esta fábrica de grãos dê o rendimento desejado, o solo é superalimentado, como gado de engorda, com produtos químicos, vitaminas e hormônios. Pobre solo! O que as raízes extraem da terra, os veículos de colheita levam e com a energia, assim ganha, o “homem civilizado” constrói as cidades em que goza os “frutos de seu trabalho” sob a forma de casas, ruas, teatros, carros, aparelhos de rádio e informática, banheiras e flores.
E então a cidade que transformou a natureza em indústria torna-se uma aranha, cujas pernas são as estradas com que segura a terra como preza; os fios de eletricidade e trilhos do caminho de ferro são as teias que ela tece – e ai do animal da floresta que nelas se enreda! Este é o caminho de toda civilização: o homem fica rico, a terra pobre.
-MINHA TERRA MATER, como é maltratada como escrava e saqueada de todos os modos! Será realmente isto o que se chama domínio ou irresponsabilidade?
Professor Adhemar

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