terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CNC propõe criação de consórcio entre cooperativas para o desenvolvimento de novas tecnologias



O Conselho Nacional do Café (CNC) apresentou na sexta-feira (18), a proposta de criação de um consórcio voltado para o desenvolvimento tecnológico, que tem como participantes as cooperativas de café, com foco em desenvolvimento de maquinário para o cultivo de café e todas as suas fases.

O Conselho Nacional do Café (CNC) apresentou hoje, sexta-feira (18), a proposta de criação de um consórcio voltado para o desenvolvimento tecnológico, que tem como participantes as cooperativas de café, com foco em desenvolvimento de maquinário para o cultivo de café e todas as suas fases. As cooperativas presentes à reunião e interessadas nessa construção – Cooxupé, Cooparaiso, Minasul, Cocapec e Cocatrel -englobam no total mais de 30 mil produtores que podem ser beneficiados, além abranger outras cooperativas que possam vir a adquirir tais tecnologias.

A Cooparaiso, pioneira nesse aspecto, recebeu do Sistema OCB, no final de 2012, o prêmio “Cooperativa do Ano 2012”, em primeiro lugar na categoria “Inovação e Tecnologia” com um projeto que teve o objetivo de baratear custos na colheita do café de varrição, com o desenvolvimento de duas máquinas, feitas em parceria com a Universidade Federal de Lavras e a empresa SWZ. Chamadas aranha e gafanhoto, elas são capazes também de fazer trabalhos de arruação, limpeza do solo, entre outros, levando maior economia ao produtor, que tem um dos maiores custos de mão de obra na varrição. A Coocapec também possui projeto semelhante.

O advogado e especialista no assunto, Daniel Amin, da AFC (Antônio Francisco Costa Advogados Associados – Brasília) disse que a formatação de um consórcio do tipo pode ser concluída em sete meses. “Esse consórcio pode possibilitar a comercialização da tecnologia já existente, a parceria com indústrias para o desenvolvimento de novos projetos para outras máquinas com outros fins ou outra forma que os participantes concordarem, tudo vai depender do modelo que construirão”.

Consórcios no setor de agronegócio não são novidade. “Eu participei da criação do Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), criado em 2006, com a união de cooperativas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com o objetivo de buscar registros para produtos genéricos, fundamentais no mercado de defensivos agrícolas, Também participei no setor leiteiro da formatação do consórcio do grupo Cemil”, contou Daniel Amin, exemplificando diversos modelos que estão levando benefícios aos produtores envolvidos.

O próximo passo é a apresentação de sugestões por parte das cooperativas envolvidas para a formatação do consórcio, que serão apresentadas em reuniões mensais, até o consenso do modelo que será adotado.

Várias sugestões já foram apresentadas, entre elas é a de que o consórcio possibilite o aprimoramento do maquinário já existente (como é o caso da Cooparaiso), e também busque novos projetos.

Estiveram presentes o presidente do CNC, Silas Brasileiro; o presidente do Sicoob/Credicocapec, Maurício Miarelli; presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, presidente da Minasul, Osvaldo Henrique Paiva; o presidente da Cocatrel, Francisco Miranda de Figueiredo Filho; o presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho e diretor comercial da Cooparaiso, Rogério do Couto Rosa Araújo e diretores e superintendes das cooperativas.
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