quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Crianças e internet

Estudo mostra que as crianças brasileiras são as que entram mais cedo nas redes sociais, ou seja, em média, com nove anos de idade. E seis entre dez pais permitem que seus filhos tenham perfis nesses sites, representando 63% do total. A porcentagem no Japão é de 12%, na França é de 45%, nos EUA, 48%;  e, no Brasil, 63%. (Fonte: Internet Safety for Kids&families)                             

Por outro lado, o estudo mostra que os pais brasileiros são os mais preocupados com a privacidade de seus filhos. E, 90% dos pais, estão entre os contatos de seus filhos nas redes sociais; o que os mantém informados sobre o comportamento deles. Uma pesquisa sobre os smarphones revelou que a maioria dos pais não compra esse tipo de aparelho para os filhos. O maior índice da pesquisa é dos pais brasileiros, ou seja, 27%.

Por outro lado, veremos que a internet pode ser uma grande aliada da educação. A revista Época deste mês (janeiro) traz um artigo sobre o americano Salman Khan, autor de aulas em vídeos que já foram vistas mais de 200 milhões de vezes no You  Tube. Ele é matemático e engenheiro, diplomado pela Universidade Harvard e do Massachusetts Institute of Tecnology, nos Estados Unidos. Ele propõe um modelo de ensino conhecido como flipped classroom. Isso é o seguinte: as crianças assistem a vídeos curtos em casa, e depois, na sala de aula, debatem o assunto, tiram dúvidas e resolvem problemas.

Nessa entrevista da revista Época, Khan diz que o que o motivou a criar o novo método foi o fato de ver amigos muito inteligentes e aprendendo por meio da memorização de fórmulas, estudando para provas e esquecendo tudo no dia seguinte. Ele não concorda que, numa sala de aula, só professor fala e o aluno escuta. “O ideal é que se estude por meio da interação, da discussão, construindo coisas,...” Enfim, isso significa que a prática é mais eficaz que a teoria. No entanto, sem a teoria, muitas vezes, só a prática, não é eficiente ou suficiente. Como em tudo, nessa vida, é preciso encontrar o ponto ideal.  Mas o professor, na frente da classe, só ele falando, explicando e os alunos ouvindo, ou divagando, não funciona mais! Isso é coisa do passado, quando ainda não havia toda essa tecnologia de hoje! Atualmente, o aluno tem de ser o agente e não o paciente. E o professor, o orientador, porque “Se apenas eu falo e você apenas escuta, não é educação” (Salman Khan).

“A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira, dia 16 (exatamente o dia em que estou escrevendo essa crônica), o professor norte-americano Salman Khan, segundo informou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para firmar, com  esse educador, uma parceria na realização de pesquisas pedagógicas no Brasil. O foco principal seria os anos iniciais da educação básica. O professor Salman Khan é fundador da Khan Academy, organização sem fins lucrativos com mais de 3,8 mil videoaulas gratuitas postadas na internet.”

Obs. A presidente Dilma Rousseff convidou o professor Salman Khan para também desenvolver pesquisas educacionais e pedagógicas aqui no Brasil. Os vídeos produzidos pela Khan Academy são gratuitos e possuem mais de 6 milhões de acessos mensais.

Professora Nilzinha

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