sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Brasil e China são as esperanças da Renault e da PSA contra a crise


Fabricantes francesas podem aumentar a margem de lucro nos modelos de entrada para gerar mais receita nos próximos anos
Entre as fabricantes europeias, as francesas são as mais atingidas pela crise. Com um mercado doméstico estagnado em seu país e plano de expansão global atrasado, Renault e PSA encontram dificuldades muito maiores que a queda das vendas. Além do excesso de produção e as folhas de pagamento mais caras, as duas empresas começam a ver rivais de outros países querendo crescer na França. Para tentar amenizar os efeitos da recessão, as marcas buscam soluções como a ampliação da gama, alianças com outros fabricantes e, principalmente, expansão fora do território francês.
  Embora os problemas sejam parecidos para ambas, a Renault aparece em melhor situação. Com a aliança entre os franceses e a Nissan, a fabricante depende menos do mercado europeu. Além disso, a marca do losango tem alguém com quem compartilhar o custo de desenvolvimento de produto. Enquanto isso, a PSA une-se à General Motors. A parceria, no entanto, só deve gerar lucro para o grupo da França dentro de cinco anos - um prazo não muito seguro dentro do cenário atual. Para piorar, os resultados das marcas Peugeot e Citroën nos mercados emergentes como Brasil e China têm sido irregulares.
No primeiro semestre de 2012, o lucro líquido da Renault caiu 37%, para 786 milhões de euros. Embora seja uma receita muito pequena, ao menos foi registrado lucro. No mesmo período, a PSA enfrentou situação muito pior. A marca amargou perda de 819 milhões de euros - um ano antes havia lucrado 806 milhões. A solução para as marcas é atacar o adversário que está ao alcance: o bolso dos clientes nos países onde a indústria automobilística ainda não entrou em colapso. As fabricantes devem aumentar a gama nos próximos anos e junto com a renovação, deve subir a margem de lucro nos modelos de entrada. Os chineses e os brasileiros são a tábua de salvação para a indústria francesa.
Fonte: motordream.uol.com.br


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