terça-feira, 31 de julho de 2012

Jovem do movimento “Acorda Monte Santo” fala na Câmara Municipal

Pedro Granchamp Neto cobrou transparência nos gastos da Câmara



Monte Santo:- Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Monte Santo de Minas desta segunda-feira última, 30 de julho, com o plenário superlotado (tinha pessoas dentro e fora da Câmara) o jovem Pedro Granchamp Neto, um dos líderes do movimento “Acorda Monte Santo”, falou por 10 minutos na tribuna do legislativo sobre a indignação de toda a população referente ao aumento dos salários dos vereadores que será de R$3.900,00, a partir do próximo ano. Além disso, Pedro Neto também cobrou transparência nos gastos dos vereadores, principalmente sobre os cursos e diárias dos vereadores do PTB que no ano passado gastaram quase R$100 mil com viagens.
Pedro Neto reafirmou mais uma vez que o movimento é apartidário e aproveitou para convidar os vereadores a fazerem parte do mesmo. “Todo aquele que duvida das nossas intenções ao fazermos essas criticas está convidado a integrar o movimento, ajudar no custo de materiais, ou calar-se perante a realidade, a população está acordada e não gosta do que vê”, asseverou. O jovem deixou claro que a crítica é sobre a atuação política dos vereadores e não pessoal, principalmente os vereadores do PTB que mantém a maioria na Câmara. “Uma Câmara que gasta centenas de milhares de reais em viagens sem a apresentação de notas comprovantes detalhadas, está na legalidade, mas com toda a certeza não é moral. Nós exigimos que leis e normas de transparência nos gastos em todos os órgãos públicos de nossa cidade, sejam incluídas imediatamente nas pautas a serem debatidas nesta Casa”, reclamou e, em seguida, disse que “os gastos anuais dos senhores podem até ser considerados normais se comparados a outros municípios, mas nós não aceitaremos mais gastos milionários sem explicação. Transparência já!”
Pedro Neto concorda que a situação no atendimento a saúde não está satisfatório, mas também apontou que os vereadores petebistas votaram contra suplementação de verba para a saúde. Cobrou dos vereadores projetos próprios para beneficiar a população e salientou que “tanto dinheiro gasto em cursos para que se ninguém vai propor algo novo, um projeto de remodelação e de melhoria”.
O jovem encerrou sua fala convocando a todos a se engajarem no movimento “Acorda Monte Santo”, destacando que “não é preciso ter medo de seus representantes, não tenham medo de retaliação. Eles trabalham para você, por isso cobrem. Espalhem essa mensagem pela cidade toda, expliquem a todos o que foi dito hoje e vocês irão ver as coisas mudarem para melhor. Cada um de nós é culpado pelo que acontece aqui, por isso não deixem que se repita. Não reelejam quem já provou não ser de sua confiança. Seu voto é secreto e muito valioso, tentem algo novo para Monte Santo, não caiam nas mesmas mentiras que se repetem de quatro em quatro anos. Não reelejam! Renovem!” Antes de se despedir Pedro Neto solicitou o nome do vereador autor do projeto de lei que instituiu o aumento salarial dos vereadores, mas o autor ou autores (vereadores do PTB) preferiram ficar calados.


Vaias e assovios
Depois da fala de Pedro Neto os vereadores Paulo Márcio Secundo dos Santos (PSDB), Diomar Mariotti Filho e Flávio da Silva Santos, ambos do PTB, ocuparam a tribuna da Câmara. Com exceção de Paulo Márcio, que lamentou e cobrou da presidência uma postura de igualdade e de isenção partidária quanto a pedido de adiamento de votação de um projeto de lei, sendo, por isso, muito aplaudido pelo público presente. Paulo Márcio também elogiou a forma democrática e a postura dos jovens do movimento “Acorda Monte Santo”, salientando que durante os seus três mandatos no legislativo, esta foi a primeira vez que um jovem ocupa a tribuna para cobrar as ações dos vereadores. Já os outros dois vereadores petebistas não tiveram a mesma sorte e foram vaiados quando fizeram uso da palavra e suas vozes foram apagadas pelo barulho dos assovios. O presidente da Casa, José Francisco Leandro, o Chico do Mercado, também não escapou das vaias quando encerrou a sessão por não divulgar o nome do vereador (ou vereadores) autor do projeto de lei que possibilitou o aumento dos salários dos vereadores para a próxima legislatura.

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