sexta-feira, 22 de junho de 2012

Monte Santo: Bancada de oposição aprova salário de R$3,9 mil para a próxima legislatura

A posse de João Crente, foto, será questionada na Justiça Eleitoral e na Justiça Comum
Monte Santo: Em sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira passada, 20, às 09h00 da manhã, a bancada de oposição na Câmara Municipal, que detém a maioria e o poder no legislativo com seis parlamentares, aprovou em segunda e terceira discussão o Projeto de Lei 23/2012 que prevê um salário de R$3.900,00 para cada vereador na próxima legislatura. Votaram pela aprovação os vereadores Diomar Mariotti Filho, Flávio da Silva Santos, Sebastião Pereira (Tião do Bar), Osvaldo de Paula, o Vardo, e Johnny Alexandre Marques, o João Crente, recentemente empossado na vaga deixada pelo falecimento do vereador Antonio Nunes Machado, o Tonho do Édio. Contra o aumento votaram Paulo Márcio Secundo dos Santos e Ronaldo Bernardo, o Bernardão, e a vereadora Maria Isabel Viana dos Santos se absteve. No total foram cinco votos favoráveis, dois contra e uma abstenção.
Depois da aprovação do aumento salarial algumas pessoas que se encontravam na Câmara se retiraram e vaiaram a decisão dos vereadores que votaram favoravelmente ao novo salário para a legislatura 2013/2016. As manifestações continuaram na rede social através do facebook, reprovando a atitude dos vereadores da bancada de oposição.
João Crente assume cadeira deixada por Tonho do Édio
Em virtude do falecimento do vereador Antonio Nunes Machado, o Tonho do Édio (PSC), no início deste mês de junho, o suplente de vereador Johnny Alexandre Marques, o João Crente (PDT), assumiu a vaga no legislativo monte-santense na segunda-feira, 11 de junho. A posse foi formalizada pela Mesa Diretora da Câmara durante a sessão ordinária, na presença de várias pessoas, inclusive do ex-prefeito José do Carmo de Paula Braga, o Cacau.
Conforme a nossa “Folha” apurou, a posse de João Crente será questionada na Justiça Eleitoral e na Justiça Comum pela direção municipal do PSC, uma vez que João Crente pediu desfiliação do PSC em 3 de outubro de 2011, se filiando no PDT dois dias após. O vereador empossado concorreu na eleição municipal de 2008 pelo PSC, tornando-se o primeiro suplente do partido, mas com a sua desfiliação entendem os advogados contratados pelo diretório municipal do PSC que ele não teria direito a vaga. Discute-se que a vaga deixada pertence ao partido (o Tribunal Superior Eleitoral – TSE - já se manifestou sobre este assunto e definiu que a vaga pertence ao partido) e não ao vereador, como é o caso, pois, segundo informações, ao deixar a legenda pela qual concorreu em 2008, João Crente teria perdido o direito a vaga. Por sua vez, a Mesa Diretora da Câmara ao empossar o atual vereador o fez baseada na diplomação de João Crente pela Justiça Eleitoral, quando ainda pertencia ao PSC.
Os advogados do diretório municipal do PSC tiveram acesso à ata da sessão ordinária do dia 11 de junho, que foi assinada pelos vereadores na sessão ordinária desta segunda-feira passada, 18 de junho, e já a incluíram nas duas ações que serão impetradas na Justiça Eleitoral e Justiça Comum, com pedido de liminar.   

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