sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Escola Degraus de Monte Santo de Minas demonstra seu trabalho multidisciplinar através da redação

- O tema relacionado a fronteiras
- A professora: Juliana Luz Merxede
- A aluna: Mariane Lanza
- A Escola: Degraus
A divisória marcante da globalização
    Irlanda do Norte, cidade Belfast. Um muro de aproximadamente 27 km de extensão, com centenas de portões, separa protestantes de católicos. Em construção desde 1994, a chamada linha da paz divide a cidade e é motivo de conflitos que já causaram cerca de quatro mil mortes. Essa fronteira de concreto e aço leva a refletir: até quando os seres humanos serão egoístas a ponto de estabelecer distâncias obrigatórias e agressivas entre si?
    “Imagine não existir países; não é difícil fazê-lo. Nada pelo que morrer ou matar e nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz”. O trecho da canção “Imagine”, do músico e compositor John Lennon retrata a maneira utópica que ele desejava o mundo. Na letra da música, ele retrata o ideal de um mundo perfeito, sem países e, portanto, sem fronteiras, em que a convivência humana seria sem conflitos e coroada de amor e paz.
Entretanto, o homem não sabe se relacionar com seus semelhantes e manter uma existência harmônica já que, desde os tempos mais remotos, cada um só pensa no seu bem estar. Para isso (e por isso), acabamos impondo limites ao acesso à nossa vida e trancando-nos em uma cela escura de solidão.
    Nenhuma fronteira leva à paz, seja ela religiosa, social, territorial ou qualquer outra. Se há fronteiras, é porque há problemas. Fiscalizá-las não é eficiente, é preciso destruí-las. Ninguém é capaz de fiscalizar o pensamento alheio. Enquanto o homem se mantiver egoísta em relação às suas posses e pensamentos, e convencido em relação às suas crenças, o convívio em paz será impossível. O mundo se tornou um grande muro, que mesmo pontilhado com centenas de portões de acesso, se tornou proibido sem o visto e o passaporte. Somos tão globalizados, tão evoluídos e tão separados que, nesse contexto, regredir aos tempos de coletividade não seria o melhor remédio?
Mariane Lanza – 2º colegial

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