terça-feira, 12 de junho de 2012

Meditabunda

    As eleições se aproximam. Aproveito o espaço para parabenizar os políticos compromissados que defenderam os direitos e a vontade justa do cidadão brasileiro. Vejam bem, os que defenderam... Dentro de poucos meses assistiremos às propostas viáveis dos verdadeiros políticos, como seremos obrigados a ouvir dos corruptos uma enxovalhada de promessas sem base de execução, utópicas e nauseabundas. É bem possível que as lojas promovam descontos altíssimos na aquisição de guarda-chuvas, sombrinhas e capas para nos proteger dos impropérios e das meditações profundas bem calculadas e dirigidas aos eleitores, conhecidas como as meditabundas.
Ouviremos um eldorado verborrágico e confuso que visa a urubuzar a cabeça do povão cantando canções jucundas e melosas para xarrascar, isto é, para pegar peixes- eleitores com iscas vulpinas de antigos discursos já proferidos pelas velhas cobras criadas, também conhecidas por tutumunbucas.
As cobras amadoras procuram alcançar a Assembleia, mas, no Senado, nos dias de hoje, já se encontram muitos lunfardos (corruptos especializados) que deixarão para o cidadão crédulo apenas as burundangas, quer dizer, as ninharias. No bolso dos corruptos qualquer lucro é pouco, visto que os larápios sofrem de bloqueio psicológico- só roubam dos pobres, os que trabalham para comer enquanto aqueles comem sem trabalhar. E nestes furibundos vuvus, que são as brigas entre os corruptos, os cofres públicos são zungados (roubados).
    O povo não conhece ou se esqueceu de seus valores, sua força, sua influência para que numa união esclarecida saibam separar o joio do trigo como Jesus nos ensinou. Se lançarmos um olhar retrospectivo para a História, veremos quantos zorros foram desmascarados porque usaram da arrogância, desonestidade e desamor ao próximo.
    Obrigado, desculpem as palavras estranhas, mas elas existem de verdade. Os corruptos não as usam, eles colocam muito açúcar nas suas meditabundas para diabetizar o coração do eleitor com altas doses de sentimentalismo e esperança. Ficam tão transparentes, como dizem eles que o Gasparzinho, o fantasma camarada, ficaria espantado e acharia uma barbaridade.

Professor Adhemar

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