sexta-feira, 30 de março de 2012

Arantes defende queijo minas em debate com diretor Helvécio Ratton

O documentário “O mineiro e o queijo” foi exibido na sede da AMMP


Presidente da Associação Mineira do Ministério Público, Nedens 
Ulisses; promotor Paulo Calma; produtor de queijo Luciano Machado; o 
cineasta Helvécio Ratton; deputado Antônio Carlos Arantes e produtor de 
queijo canastra João Carlos Leite durante o debate.


O deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSC) participou, nesta quarta-feira (21/03), do debate promovido pela Associação Mineira do Ministério Público. Foi a terceira edição do Cinema na AMMP, com exibição do documentário “O mineiro e o queijo”, do cineasta Helvécio Ratton, no auditório da sede da Associação. O longa conta a história da fabricação do queijo artesanal de Minas, Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, e mostra como a Lei Federal de 1952 afeta a produção e a venda do produto. Depois da sessão, foi realizado um debate com as presenças do diretor do filme, Helvécio Ratton; do presidente da AMMP, Nedens Ulisses Freire Vieira; do promotor Paulo Calmon, outros promotores e produtores de queijo, além do deputado Arantes.
O parlamentar aproveitou a ocasião para salientar a importância de uma legislação que garanta ao produtor, incluindo os pequenos, as condições para produzir e comercializar o queijo. Como presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG, Arantes tem empreendido diversas ações para aprimorar a legislação federal, organizou audiências públicas para debater a situação dos produtores e apresentou Projeto de Lei sobre o tema. “Estamos muito empenhados em viabilizar a produção e a comercialização do queijo minas artesanal. A situação atual beneficia os grandes laticínios e deixa os pequenos produtores sem condições de atender a tantas exigências da lei. É possível produzir um queijo de excelente qualidade, marca registrada do nosso Estado, e em perfeitas condições sanitárias, sem oferecer risco à saúde do consumidor”, afirmou Arantes.
Os debatedores colocaram o fato de o verdadeiro queijo minas ser proibido de circular no Brasil, o que inviabiliza a sobrevivência dos produtores mineiros. Um dos produtores presentes ao debate narrou que fez um empréstimo de R$ 20 mil para se adequar às exigências sanitárias, mas, como não podia vender o queijo no mercado, quebrou. “Tive que abandonar a produção de queijo. Gastei uma fortuna, mas está rudo parado”, lamentou o produtor, comentando que se nada for feito, a situação dos queijeiros vai ficar cada vez mais difícil.
Helvécio Ratton respondeu às perguntas colocadas pelos promotores e outras pessoas presentes e contou sobre os bastidores de produção do longa. Ratton falou das dificuldades enfrentadas pelos produtores de queijo, dos depoimentos de vidas inteiras dedicadas ao queijo. O diretor comentou que chega a dar tristeza ver uma atividade histórica sendo prejudicada por interesses de grandes laticínios e por uma legislação que inviabiliza uma produção movida pela paixão de cada queijeiro.

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