sexta-feira, 25 de março de 2011

Vereadores usam a Tribuna Livre para criticarem o prefeito Militão

Diomar Mariotti Filho disse que não falou que em 20 dias os vereadores estarão cassados


Monte Santo:- Na segunda-feira, 14, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Monte Santo de Minas, aconteceu mais um episódio desagradável e lamentável no jogo de queda de braço entre o Legislativo e o Executivo. Depois de palmas da platéia (leia-se funcionários de lojas) devido à aprovação do Projeto de Lei que autoriza o fechamento das lojas ao meio dia de sábado, iniciou-se, durante a Tribuna Livre, uma “saraivada” de palavras desairosas contra o prefeito Militão, em resposta a entrevista que o prefeito concedeu para a Rádio Independência FM, como também, ao ofício encaminhado para o presidente da Câmara datado de 2 de março de 2011. Para atacar o prefeito usaram a tribuna os vereadores José Francisco Leandro, o Chico do Mercado, e Diomar Mariotti Filho, já o presidente Flávio da Silva Santos, o Flavinho, preferiu falar usando o microfone da Mesa Diretora.
Chico do Mercado iniciou sua fala fazendo a leitura de uma carta, segundo ele, recebida pelos Correios e assinada pelo munícipe Ronald Martins da Cunha, que acusa a administração do prefeito Militão de “irresponsável, imatura e fantasiosa”. Ao continuar o missivista traça elogios à família do prefeito, mas o chama de “prefeito tapetão” pelo fato de Militão ter assumido a Prefeitura depois da cassação da ex-prefeita Sandra Cecílio. O autor da carta pede para “apurar o quanto gastou para realizar o Carnaval” e acusa o prefeito de “tentar destruir o Carnaval” e que “fez do Braz um autentico partido político”. O vereador Chico do Mercado finaliza sua fala afirmando que o Carnaval não teve organização, faltou planejamento e que a iluminação foi ineficiente.
Por sua vez, o vereador Diomar Mariotti Filho, com mais contundência disse, em resposta ao ofício que o prefeito encaminhou para a presidência, que “diz aqui que o Poder Executivo é independente e que, vamos dizer assim, que o Poder Legislativo não tem o direito de meter o bico, mas ele está equivocado e se ele não tem acesso a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar 101 de 2000, diz no artigo 59 o Poder Legislativo diretamente e com auxilio dos Tribunais de Contas e o sistema de controle interno de cada Poder e o Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da Lei Complementar. Resumindo, o vereador simplesmente não pode não, ele tem sim o dever de fiscalizar e orientar o prefeito sim, então não sei se o prefeito está precisando de uma assessoria, ou o que é que está acontecendo, acho que ele deveria tratar meramente esta Casa com respeito”. E continuou a fazer acusações até ao final de sua fala.
O presidente Flavinho, também em resposta ao ofício, lamentou que o prefeito tenha dito que “eu estou travando a administração, mas queria dizer ao prefeito que fui eleito com 402 votos, graças a Deus, e não corrompi ninguém pra isso. Quero dizer pra ele que as portas estão abertas para estudar projetos para o povo e não para picuinhas políticas”. Flavinho encerrou afirmando que, em 2009, com a ajuda de deputados conseguiu recursos para a implantação de uma pracinha no Jardim Bela Vista e para a canalização do córrego no Jardim Brasil, mas que os projetos ainda estão na Prefeitura.

Não falou
O vereador Diomar Mariotti Filho, disse que não falou que em 20 dias os vereadores estarão cassados, conforme a nossa “Folha” informou em sua edição anterior. Ele afirma que havia dito que “os trabalhos estarão concluídos em 20 dias” e ao ser perguntado se os vereadores seriam cassados “eu e as demais pessoas que estavam ao meu lado sorrimos e nada foi afirmado”.

Foto: Chico do Mercado na Tribuna Livre criticou o Carnaval monte-santense

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