segunda-feira, 14 de março de 2011

Militão: “Vamos deixar de picuinhas, vamos puxar Monte Santo para frente”

Monte Santo:-  Em entrevista para o radialista Guto Giacomelli, da Rádio Independência FM, na sexta-feira, 4 de março, o prefeito Militão Paulino de Paiva, entre os vários assuntos abordados pelo radialista, o que mais chamou a atenção foi a preocupação do prefeito com o desentendimento existente entre os dois poderes: Executivo e Legislativo. Num dos temas abordados, que diz respeito a folha de pagamento da Prefeitura, Militão disse que as contas da Prefeitura estão equilibradas e que esta questão é da alçada do Executivo e que qualquer vereador ao falar sobre este assunto “deveria ter um conhecimento melhor”. O prefeito não ficou satisfeito quando na reunião dos vereadores de segunda-feira, 28 de fevereiro, o vereador Diomar Mariotti Filho, para justificar a não colocação na pauta da reunião um Projeto de Lei do Executivo, disse que “a folha de pagamento da Prefeitura está em torno de 50% da receita quando o ideal é de 48%. Nós temos que fiscalizar...”. Para Militão a folha de pagamento é assunto exclusivamente do poder Executivo e não cabe ao Legislativo interferir. “Se eu fizer algo errado vou levar um puxão de orelha”, mas garantiu que está tudo correto. A folha de pagamento da Prefeitura está em torno de 50% da receita corrente líquida, quando a lei prevê que o máximo é de 54%.
A insatisfação de Militão foi também com demora para a votação do Projeto de Lei, que autorizava a contratação de seguranças para o Carnaval. Movido por este sentimento, o prefeito encaminhou um ofício para o Legislativo, no dia 2 de março, onde demonstrou seu descontentamento. Este ofício foi lido pelo prefeito durante a entrevista. Num dos trechos do ofício o prefeito diz que “o caso ultrapassa questões meramente políticas, passando à esfera da segurança pública. É notória a manifesta intenção de boicote da festa por razões que dispensam maiores delongas, até mesmo pelo lamentável episódio ocorrido durante a sessão ordinária da última segunda-feira”. O Projeto de Lei foi aprovado em sessão extraordinária no início da noite de quinta-feira, 3 de março, na véspera do Carnaval.

Queda de braço
A população tem assistido atônita este verdadeiro jogo de queda de braço, entre o Executivo e Legislativo. Para a população o que mais importa são as obras e serviços que possam lhes proporcionar uma melhor qualidade de vida, as rusgas entre os poderes são de méritos políticos. Na entrevista para a Rádio Independência o prefeito Militão, no afã da procura de um diálogo democrático e conciliador, disse que “vamos deixar de picuinhas, vamos puxar Monte Santo para frente”. Esta postura é defendida pelos formadores de opinião consultados pela nossa “Folha”. Para eles o diálogo franco, aberto e democrático é a melhor saída para colocar um basta nesta situação, que eles chamaram de “esdrúxula”, porque quem acaba “pagando o pato” é a população, que fica privada de obras e serviços fundamentais para o bem estar de todos.
Projeto paralisado
Esses formadores de opinião quando viram cópia de um Projeto de Lei que foi encaminhado para a Câmara no dia 25 de janeiro e que ainda não foi apreciado pelos vereadores, acharam inadmissível, uma vez que este Projeto de Lei autoriza a abertura de crédito adicional suplementar para fazer face às despesas de importantes obras e serviços que a Prefeitura iniciará dentro de pouco tempo. Essas obras e serviços foram conseguidos através de convênios com o governo federal e estadual. “Se não concordam com qualquer item ou artigo do Projeto de Lei devem procurar o prefeito para discutir o assunto e não procrastinar, deixar paralisado na Câmara. Conversem, coloquem Emendas no Projeto de Lei, discutam os pontos que não concordam, mas não deixem de apreciar e votar este Projeto de Lei de grande importância para a população” aconselharam.
Dentre as importantes obras que estão inseridas neste Projeto de Lei estão o asfaltamento da Avenida Cel. Antonio Paulino da Costa, obras em vias públicas no Jardim Dona Mariucha e na Avenida Limirio Pereira de Mello, aquisição de uma motoniveladora, obra na Escola Municipal Florianita de Paiva Gomes, contratação de médicos através de concurso público, entre outras. Todas já conveniadas com o governo federal e estadual.




Foto: Militão enviou um ofício para a Câmara demonstrando sua insatisfação com o Legislativo

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