Diomar Mariotti Filho diz que em 20 dias os vereadores estarão cassados
Monte Santo:- A Comissão Processante que investiga as supostas irregularidades que os vereadores Antonio Nunes Machado, o Tonho do Édio, Maria Isabel Viana dos Santos, Paulo Márcio Secundo dos Santos e Ronaldo Bernardo, o Bernardão, teriam praticado ao dar posse para o prefeito Militão e seu vice Amauri no final do mês de maio de 2010, ouviram na quarta-feira, 2, em torno de 30 testemunhas de defesa dos denunciados. Os depoimentos foram ouvidos durante a maior parte daquele dia na Câmara Municipal e foram acompanhados pelos quatro vereadores denunciados, pelo Dr. Edon Fonseca Borges, que a assessora a CP, Dr. Antonio Vicente Soares, que foi designado Defensor a-doc pela CP, uma vez que o advogado de defesa Dr. João Luiz Andrade Pontes, o Dão, não assinou a intimação alegando que a procuração que detém dos vereadores não lhe dá esta competência, além dos membros que compõe a CP: Vereadores José Francisco Leandro, o Chico do Mercado, Flávio da Silva Santos, o Flavinho, e Diomar Mariotti Filho.
A CP não cassa
A nossa “Folha” conversou com o advogado Edon Fonseca Borges, assessor jurídico da Comissão Processante a fim de esclarecer a população sobre os poderes da CP. De início Dr. Edon disse que “a Comissão Processante não tem poderes para cassar”, frisou e esclareceu que “os membros da CP apuram as possíveis irregularidades e formalizam um relatório para a Câmara, mas observando que antes da formalização do relatório os denunciados terão ampla defesa. Obedecidos todos os critérios legais e democráticos, o relatório é enviado para o plenário do Legislativo onde os vereadores votarão sobre a sua aceitação ou não. Sobre esta votação os vereadores denunciados não participam, sendo então convocados os vereadores suplentes. Uma vez aceito o relatório, inicia-se então o processo de cassação”.
Cassação em 20 dias
Perguntado sobre um prazo final para o desfecho desta CP, o vereador Diomar Mariotti Filho, que é o relator da Comissão, prevê que “em 20 dias esses quatro vereadores estarão cassados”. Diomar era o presidente da Câmara na ocasião em que os quatro vereadores deram posse ao prefeito Militão e seu vice Amauri. Segundo formadores de opinião ouvidos pela nossa “Folha”, depois da cassação da ex-prefeita Sandra, deste imbróglio que se configura na Câmara Municipal e das diversas denúncias que a Prefeitura vem apresentando contra o ex-prefeito Cacau, “em Monte Santo está se praticando uma política de ódio e isso é muito ruim”, disseram.
Novas testemunhas
A nossa “Folha” apurou que os quatro vereadores denunciados protocolaram na secretaria da Câmara Municipal, na sexta-feira, 4 de março, um ofício constando novas testemunhas. Segundo informações, constam deste rol de novas testemunhas os vereadores Diomar Mariotti Filho, Chico do Mercado, Flavinho, além de outras. Na próxima quinta-feira, 10 de março essas novas testemunhas, além daquelas que não puderam comparecer no dia 2, estarão sendo ouvidas na Câmara Municipal.
Foto: O plenário da Comissão Processante
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