sexta-feira, 25 de março de 2011

Observando... “Mundo, mundo...estranho mundo” Drummond

Colunista: Cida Heluany 


Não sou japonesa, mas, como se fosse... Não sou americana, após Obama, como se fosse... Não sou da Líbia, mas, como se fosse... Dizem os iluminados que a tendência do espírito humano é ser universal e é como se agora já quase fossemos. Os desastres do Japão devem ter abalado a todos, mas, para os que realmente percebem um Japão com uma população na maioria idosa e que sua região Nordeste (onde os desastres ocorreram) é permeada por uma vida ainda com dificuldades, com pescadores e agricultores, onde a tecnologia avançada ainda não tem dinamismo como em outras áreas, observa um desastre maior pela tristeza no olhar do velho e o desespero de quem perdeu o pouco que tinha. São japoneses, mas, sem nosso olhar xenófobo, são seres como nós, mesmo do outro lado do mundo. Foi castigo dos céus, onde estava Deus no momento do terremoto e do tsunami? Faz-se necessário não envolver Deus neste momento, são desastres naturais e normais a um planeta ainda em plena acomodação. Os japoneses já visualizaram Deus através da sua força, abnegação, disciplina e aceitação, estão correndo atrás dos prejuízos e acudindo solidariamente quem necessita: exemplo de povo que acredita nos motivos de estar aqui, ai está Deus.
O mundo árabe: conturbado não pela natureza do planeta, mas, pela natureza medonha de seus ditadores ferozes, ambiciosos e doentes pelo poder estão sendo ajudados pela comunidade internacional, mas, devem sozinhos encontrar seu caminho. As mudanças fazem-se necessárias e confesso que mudei pessoalmente e muito com todos estes acontecimentos e muito influenciada pelas colocações de Obama (presidente do EUA) em visita ao Brasil. Mudei radicalmente minha visão e conceito do povo americano através das idéias democratas do seu presidente que não soam como um discurso pré-fabricado, mas com convicções de uma ideologia democrata que faz sentido na manutenção do equilíbrio entre o poder, a tecnologia e a sensibilidade humana. O encontro entre Obama e Dilma Rousseff, o esplendor de postura, elegância e valor das colocações nos deixa ver o verdadeiro sentido de nos estarmos deixando guiar e felizes por isso. Gostaria que todos os professores tivessem se inteirado do discurso do presidente dos EUA quando ele fala sobre nosso país e nossa história. São colocações dignas de serem levadas a uma sala de aula para aprendizado. O conhecimento de Obama sobre nossa história se estende desde o reinado até com as mudanças das regiões violentas das favelas brasileiras da atualidade, passando pelo nosso exercício e sacrifício em busca da democracia e da cidadania. Dois gigantes se encontram, o foco do Brasil hoje não mais se estender em berço esplêndido, mas ser um parceiro do mais poderoso país do mundo reflete-se no reconhecimento de mostrar ao mundo o centro do poder brasileiro ocupado por uma mulher valorosa, ex-guerrilheira, mas, jamais ex-cidadã e por aceitar fazer mais uma vez parte da nossa história. E quanto à Obama? – Com sua inteligência, elegância de alma e perspicácia cabe a ele realizar o sonho de Martin Luther King. “Mundo, mundo... estranho mundo”, como é bom fazer parte de você, mudar e conhecer a vida quando ela flui nesta rapidez.

Cida Heluany 
cidadã monte-santense

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