terça-feira, 24 de maio de 2011

Muitas lojas “furaram” a lei no primeiro sábado de fechamento do comércio às 13h00

A nossa “Folha” percorreu a cidade e verificou que 30% do comércio permaneceu aberto depois do horário estabelecido pela lei
Monte Santo:- Muitas lojas permaneceram abertas na tarde de sábado passado, 14, o primeiro dentro da nova lei do comércio que prevê o fechamento das lojas às 13h00. Conforme a nossa “Folha” apurou, uma parcela significativa de comerciantes está insatisfeita com esta nova lei criada por alguns vereadores e aprovada pela Câmara Municipal. Para esses comerciantes não houve uma discussão satisfatória sobre o assunto, mas sim “pelo desejo de alguns vereadores” disse um empresário. A nossa “Folha” percorreu os quatro cantos da cidade e verificou que 30% do comércio permaneceram abertos após as 13h00.
Polêmica
Segundo informações, há muito descontentamento entre o empresariado que reclamam sobre a vigência desta nova lei. “Nunca vi igual, só mesmo em Monte Santo. Querem penalizar quem quer trabalhar. O lojista que não deseja trabalhar fecha sua loja e vai pra casa, mas quem quer trabalhar deve e pode continuar trabalhando. Se insistirem com esta lei vai acontecer muito desemprego e os funcionários que forem demitidos devem procurar os vereadores para empregá-los, afinal são eles os causadores desta situação”, disse um lojista que pediu para não ser identificado por receio de perseguição. A maioria dos lojistas salienta que o período da tarde de sábado proporciona um bom faturamento, pois “é quando o pessoal que trabalha na roça vem para a cidade para comprar, pagar suas prestações e, enfim, movimentam o comércio”. A polêmica não se baseia apenas entre os lojistas, ela se entende também entre os vereadores conforme pudemos observar na sessão ordinária desta segunda-feira última, 16, quando dos pronunciamentos dos vereadores Tião do Bar e Chico do Mercado. Enquanto o primeiro se diz “envergonhado”, o segundo admite que muitos lojistas estão contra a nova lei. 
Mais lojas
Com este número grande de dissidentes logo no primeiro sábado de implantação da nova lei, a nossa “Folha” recebeu informações que no próximo sábado o número de lojas que continuarão abertas será maior ainda. Informações também dão conta, que estes lojistas procurarão a justiça para manter seus comércios abertos após as 13h00 de sábado, entrando com um mandado de segurança no Fórum local. Por outro lado, conforme a manifestação de vereadores durante a reunião ordinária de segunda-feira, 9, uma revisão poderá alterar alguns dispositivos da nova lei. Os comerciantes descontentes também esperam uma manifestação da Associação Comercial, uma vez que, segundo eles, muitos que assinaram a lista apresentada pelos vereadores estão arrependidos e preferem trabalhar no sábado à tarde. Eles também prevêem um acordo com seus funcionários, a ser discutido em caso de alteração da nova lei.
Envergonhado
O vereador Sebastião Pereira, o Tião do Bar, ocupou a tribuna da Câmara durante a sessão de segunda-feira passada, 16, para dizer que “me sinto envergonhado ao ver um cidadão pagar seu imposto e não poder trabalhar. Votei a favor, mas estou indignado até hoje”, lamentou. Também o vereador José Francisco Leandro, o Chico do Mercado, reconheceu que muitos proprietários de lojas são contra a nova lei, mas defendeu os interesses dos funcionários. “Se todos colaborarem, tudo pode dar certo”, frisou. Já o vereador Diomar Mariotti Filho disse que foi formada uma comissão de lojistas e que esta comissão conversou com o Ministério Público, para que medidas sejam tomadas no sentido de fazer com que a Prefeitura efetue a fiscalização para punir os proprietários de lojas que desobedecerem à lei. Esta lei que estabelece o fechamento do comércio as 13h00 de sábado foi de autoria dos vereadores Diomar, Tião do Bar, Chico do Mercado e Vardo, mas recebeu a votação de todos os demais vereadores.

Na Pedro Paulino algumas lojas permaneceram abertas. A dissidência promete ser maior neste próximo sábado, 21. Lojistas deverão entrar com mandado de segurança para poder trabalhar

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