terça-feira, 24 de maio de 2011

Caps de Monte Santo realiza marcha no Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Monte Santo:- O dia 18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial – deste ano tem muito a comemorar. Depois dos avanços para a Luta Antimanicomial com a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM) – Intersetorial, em 2010, onde novos rumos foram traçados para a área, o Centro de Atenção Psicossocial Rosalino, João e Paixão – Caps de Monte Santo de Minas -, participou deste evento com o tema “Luta Contra o Preconceito”. A marcha saiu por volta das 14h00 desta quarta-feira passada, 18, da Praça da Igreja Matriz e percorreu várias ruas principais da cidade contando com o apoio e colaboração de todas as unidades de saúde, de funcionários do setor de saúde, de alunos e professores das escolas do município e do pessoal do Programa Bem Viver, além do secretário Municipal de Saúde José Maurício Lima Rezende. O tema “Luta Contra o Preconceito”, escolhido para este ano, de acordo com Allan César Marques, foi como norteador para iniciar um debate para acabar com o preconceito contra os portadores de deficiências mentais. Informou que manteve contato com todas as escolas do município, “onde fui muito bem recebido, solicitando aos professores para falarem sobre este assunto na sala de aula e todos se propuseram a falar”, frisou. Disse que para tal, preparou um material esclarecedor para os professores.
Depois de destacar algumas atividades que o Caps de Monte Santo realiza com seus assistidos, Allan disse que a reforma psiquiátrica tem se tornado a baluarte da luta antimanicomial.  Para ele, na luta diária por uma sociedade sem manicômios, muitas são as resistências a enfrentar. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) defende a completa substituição do modelo manicomial pelo tratamento em liberdade e a perspectiva da participação social. Para tanto, apóia a Lei da Reforma Psiquiátrica (nº 10.216/2001) e luta pela efetiva implementação dessa política, que exige a transformação de muitas outras políticas e que convoca a sociedade ao olhar e à ação solidária em nome da possibilidade da garantia da igualdade na diversidade. O 18 de maio deste ano enfoca a “Luta Contra o Preconceito” e a solidariedade como compromisso de todos com a felicidade coletiva, com a garantia da cidadania plena a todos os sujeitos. Preconceito, rejeição, oportunidades e inclusão são temas debatidos para a luta antimanicomial. “Na maioria dos casos, os pacientes que são tratados aqui sofrem bastante preconceito por parte da sociedade e até mesmo por parte dos familiares e por isso que desenvolvemos essas atividades com o objetivo de trazer a ressocialização no cotidiano da vida deles”, disse.
Entre os problemas tratados no Caps Rosalino, João e Paixão estão à esquizofrenia, alcoolismo, depressão, transtornos ansioso e bipolar, entre outros transtornos mentais. O paciente não fica internado, ele continua no convívio da sociedade e a família também participa de atividades no centro.
A marcha que teve como tema Luta Contra o Preconceito contou com o apoio de escolas do município, do Programa Bem Viver e dos funcionários do setor de saúde da Prefeitura
Allan: Fim do preconceito e a ressocialização são as metas dos profissionais do setor

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